Anões ganham destaque em projeto de universidade na Barra



Moradora da Pavuna Rio de Janeiro, recepcionista Suzana Galdeano de 43 anos tem 1,23m de altura e adora andar de salto alto de até 10cm de altura, quando escuta piadinhas nas ruas de acordo com sua altura ela responde: “Pode olhar à vontade porque sou uma mulher gostosa”.

Este tipo de abordagem acaba sendo apenas uma das situações que ocorrem no seu cotidiano, a primeira de todas segundo ela, a dificuldade que enfrenta ao entrar e sair de transportes (ônibus) muitas vezes chega a subir de joelhos, e validar o cartão de transporte caso que ela está enfrentando com ação na justiça há 6 anos. 

Suzana vive de bem com a vida e é casada com um homem de 1,70m de altura, ela lida com a sua síndrome com naturalidade e acaba representando bem as pessoas com acondroplasia.

Ela é modelo de uma fonte primária de uma linha de pesquisa do projeto “Vida sem Barreiras” que foi desenvolvido pela Universidade Veiga de Almeida (UVA) na Barra, o trabalho foi idealizado por uma professora e diretora da Escola de design, Lourdes Luz, o conjunto é feito com os cursos de Design de Interiores e Moda. Tem o efeito de proporcionar mais conforto e acessibilidade com pessoas com deficiência física permanente ou temporária (inclui idosos) o caso dos anões ganhou destaque nos exames recentes. 

Lourdes diz que sempre conviveu com anões e as dificuldades deles sempre foram muitas, tanto na hora de pegar transportes como elevadores ou ir até mesmo ir em supermercados, comprar roupas, e fazer suas refeições em casa. O nanismo demorou a entrar na cota de deficiência física conclui Lourdes. 

Existem cerca de 200 tipos de nanismo classificados pelos ossos de acordo com Suzana, o problema também acontece em casa quando os pais escodem os filhos deficientes. 

Suzana alega ser a caçula de 6 mulheres e a única com nanismo na família, e sempre estudou em colégio comum, a mãe dela sempre à colocou para ver a vida de frente, e este projeto acabou sendo uma chave que se abriu para eles. 

No carnaval Suzana desfila para a escola Embaixadores da Alegria a primeira para pessoas com deficiência.  

Em sua casa ela costuma usar um banquinho para ajudar em suas tarefas do dia a dia. 

Arquiteta e Paisagista Bia Chimenti que também faz parte do grupo da (UVA) propõe bases de apoio ao redor da mesa assim evitando que as pernas fiquem penduradas dica para melhor adequação no ambiente de trabalho. O coordenador Beto de Abreu do curso de Moda trabalha conceitos de ergonomia e movimento para adaptar peças adultas para os anões. 

Artigo publicado originalmente pela Globo.com

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